No resumo técnico da raça do canário yorkshire, vemos que a plumagem corresponde a um dos itens de maior pontuação juntamente com a posição, tendo 25% da pontuação cada, porém, muitas vezes ela e deixada em segundo plano quando se preconiza a forma e tamanho dos indivíduos.
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| Segundo lugar no mundial em Almeria 2012 (foto: Claudionor Bigattao) |
Existe uma tendência dos criadores brasileiros de praticarem os ditos cruzamentos convencionas entre nevados e intensos e entre nevados e branco. Ficar preso a estas "regras" pode evitar alguns problemas para os iniciantes mas elas não são totalmente necessárias.
Nem todos os conceitos que temos em mente, por ter sido passado pela tradição de criador para criador, como o que os canários intensos tem penas curtas e os nevados tem penas longa são sempre verdadeiros pois principalmente nos canários de porte existem também intensos de penas longas e até nevados de penas curtas. Por isso, além do fato de ser intenso ou nevado precisamos considerar a estrutura e o comprimento das penas ao formarmos os casais na raça yorkshire. Na verdade um nevado de pena curta e bom de forma pode perfeitamente ser acasalado com outro nevado de penas medianas levando a filhotes até melhores que os filhos de intensos de penas longas com um nevado. Então a crença que nevado X nevado aumenta o tamanho não pode ser considerado como regra, pois há casos que levam a boa plumagem e forma. Um outro mito é que se deve acasalar sempre nevado X branco. Recentemente, muitos criadores tem usado intenso com branco com sucesso, respeitando a questão da estrutura de penas. Porém deve-se evitar repetir os brancos oriundos destes acasalamentos com intensos na próxima geração pois o fator que determina a cor amarela, intensa ou nevada, apesar de ser determinada por genes em alelos diferentes do que o que determina o branco dominante não se manifesta na presença do gene que determina a cor branca. Assim um canário fundo branco pode "portar" (mascarar) o fator para intenso por isso melhor usar os brancos com nevados até que se comprove pela prole se o fator para intenso esta presente ou não.
A avaliação/visualização da estrutura da penas é feita de forma empírica com uma observação geral da plumagem do canário. Esta exige uma prática/treino para se avaliar cada raça. Nos yorkshires temos o desafio de tem um pássaro ao mesmo tempo com corpo "cheio" com boa forma e caixa porém com plumagem curta e aderente sem, entretanto, comprometer a forma. Cada criador cria seu método mas de forma geral além de se avaliara a plumagem e sua aderência, ausência de frisos e penas frouxas pode-se também pegar o pássaro na mão e assoprar a região ventral e nuca. Eu gosto de ter como parâmetro as penas da nuca e cabeça passando o dedo no sentido contrário a sua disposição e observara a altura e largura das mesmas. No caso dos yorkshires as penas curtas chegam a 50 a 70% da altura do indicador e penas longas chegam a altura do dedo. As penas longas costumam ser mais macias ao toque por serem mais largas e menos rígidas que as curta.
Não é a toa que dizem que o sucesso da prole esta na combinação correta dos pais pelo criador onde as características indesejáveis se balanceiam e as desejáveis se somam ou até são superadas quando bem direcionadas, quado se trata de plumagem isto fica mais ainda evidente.
